domingo, 9 de outubro de 2011

Salvando as crianças, salvando o futuro...

A infância “pública” precisa de ajuda! A infância “pública” precisa receber do governo seu melhor olhar. Aquele olhar como o que devemos ter em relação a nós mesmos: “amar ao próximo como a si mesmo”, mandamento de Deus. Amar o nosso futuro que são as crianças. As crianças já inseridas na rede assim como aquelas que estão sendo geradas e aquelas que já existem geradas no ventre das mães. As crianças merecem um presente que seja algo realmente significativo para o futuro.
No filme Kung Fu Panda tem a seguinte colocação: “ o hoje é uma dádiva por isso tem esse nome, presente”. Já na 2ª edição, tem o seguinte: “não importa o passado; e sim, o que somos e no que vamos nos tornar”.
A questão é: de onde estão vindo nossas crianças? Qual o presente como tempo que as gera e vai formá-las para um futuro em que o passado seja algo realmente significativo para o bem em suas vidas? Não devemos nos prender ao passado e deixar de viver, mas devemos sim tornar o tempo de vida das nossas crianças, o seu melhor significado. Famílias estão crescendo favorecidas com o paternalismo do governo, patrocinadas por ele. Crianças estão sendo geradas com o único interesse na manutenção e continuidade de benefícios sociais.
É um presente que não é dádiva na vida de ninguém. É um presente que formará um futuro desastroso principalmente no que abrange à educação pública. Não que o governo não deva olhar e assistenciar às famílias, mas constitucionalmente, as crianças têm direito a uma vida de qualidade. É preciso um olhar diferenciado sobre os benefícios de forma que os maiores beneficiados sejam as crianças. Que elas tenham o direito à vida, à alegria de viver, a uma boa formação física e mental, de forma que cognitivamente elas estejam aptas a viver e interagir com a vida no seu melhor significado.
Um organismo infantil que seja o seu melhor futuro. Que viva a infância e se torne adulto mais saudável, mais tranqüilo, sem tanta violência, sem tanta revolta. Que sorria, que brinque, que tenha energia física para estudar, para praticar esportes, para ler, para se tornar cidadão crítico e que seja para o país o seu melhor progresso. Que esteja presente na sala de aula disposto a construir sua aprendizagem com a compreensão do objetivo e significado que isso faz na sua própria existência.
“Se fracassarmos para instruir nossos filhos sobre justiça, religião e liberdade, estaremos condenando-os a um mundo sem virtude, a uma vida no acaso de uma civilização em que as grandes verdades terão sido esquecidas” (Presidente Ronald Reagan apud Willian e Martha Sears no livro “Crianças bem resolvidas”).
Enfim, salvemos o futuro, tornando a realidade das crianças o melhor presente!
27.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A educação pública pede socorro!

Inaceitável a situação da educação pública brasileira! Inaceitável a situação do suporte à educação pública! Crianças e jovens estão sozinhos nessa caminhada. Caminhada que precisa ser amparada pelo governo. Um governo que seja paternalista, mas como um bom “pai” que saiba limitar os desejos de seus filhos; e não, que estimule mais a pobreza e a dependência familiar em relação a benefícios sociais. Um governo que olhe realmente às necessidades dos seus “filhos”.
“Toda ação humana é potencialmente geradora de significados, potencialmente transcendente, mas apenas alguns poucos gestos têm a sorte de fazer a História, reservam seu lugar no futuro. A menos que você seja um professor(a). Neste caso, cada palavra dita, cada movimento do olhar tem seu lugar reservado no futuro do outro, do país, do mundo. Por bem e por mal”, por Wanderley Codo (coord. ) do livro “Educação: carinho e trabalho”.
Professores, educadores, orientadores, enfim, equipe escolar que se volta a um aluno e busca conduzi-lo ao melhor significado que deve ter na construção da sua vida. Por bem estamos nesse caminhada, mas como fazer isso se o governo não ampara os alunos com ajuda especializada para que a aprendizagem do conteúdo didático seja construída? Um aluno tem, sim, seu lugar na História e merece fazer parte dela com o seu melhor significado.
Quando inserido no ambiente escolar ele forma uma sala de aula. Essa por sua vez seria a perfeita se ele estivesse acompanhado só por alunos, física, mental e cognitivamente capazes. Seria ótimo trabalhar assim. Mas, a realidade não é essa. Cada um com a sua questão, com o seu organismo, exercendo e ocupando seu lugar na educação. Por isso, temos alunos com deficiência auditiva, que desistem de estudar por não terem condições de acompanhar a turma; temos alunos com deficiência fonoaudiológica que em 9 meses depois de iniciado o processo de construção da alfabetização não reconhecem a primeira vogal “a” ; temos alunos que insistentemente precisam de atenção porque se sentem inseguros psicologicamente para serem independentes uma vez que em casa o entorno lhes é algo perturbador; temos alunos que são violentos porque presenciam a violência doméstica diariamente em seu ambiente; ... .
Enfim, temos alunos que participam da História, e por bem ou por mal caminham. Enfim, temos o governo que participa da História e, infelizmente bem ou mal, exerce sua influencia. Influencia que deveria existir como sendo a melhor possível na vida dos nossos alunos. Aquela que seja aceitável. Aquela que realmente transforme e forme o futuro dos nossos alunos.
Dessa forma, cabe olhar aos nossos alunos com empatia, “einfühlung”, termo em alemão que significa, literalmente, “sentir dentro”. Ser empático é um estado de identificação mais profundo da personalidade em que o verdadeiro entendimento entre as pessoas pode ocorrer. Conseguir se identificar com o outro, sentir como se fosse o outro, imaginar como um aluno aprende, imaginar como um aluno aprenderia mais se enxergasse melhor, se escutasse melhor, se estivesse afetivamente mais calmo, ... .
Por bem à educação, os nossos alunos merecem ser salvos!